quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Eu encontro as botas de Judas.

Carnaval, alegria, paz e amor no coração, certo?
Errado.
Primeiro, eu odeio carnaval. Mas que ele é uma ótima desculpa para ficar em casa, usando o computador, sem mãe nem pai, é. Porém, dessa vez, a desculpa falhou: Fui obrigado a viajar para Arujá, mais especificamente, ir para o condomínio que minha tia mora.
Poderia ter começado bem, se eu não tivesse com preguiça de me arrumar para sair de manhã, e minha avó não estivesse muito doente.
Fora isso, entramos no carro, junto a minha mala com o meu netbook, amigo para todas horas. A viagem não durou mais do que uma hora e meia, que é quase bom.
Chegando lá, minha tia não estava em casa, e eu tive de ir pra piscina, já que ela estava lá, com o sol bem no topo, rachando crânios.
Enfim, quando cheguei lá, estava minha tia, com o seu biquíni. Tive de abraça-la, e depois o povo que estava no carro foi almoçar. Não posso reclamar da comida; arroz, bife, feijão e batata frita. Eu estava numa puta preguiça de ser seletivo. Sentei, comi, e saí. Minha tia até me convidou a ir na piscina, mas a unica coisa que eu queria era usar o computador. E usei. Lá não tinha internet, assim como não há shopping ou comércio central. Muito provavelmente a unica coisa naquela cidade que pode ser feita, de legal, é ir até a padaria, aonde você pode roubar salgados facilmente. Então eu tinha de usar algo que se chama 3G, e que, para mim, foi a maior falha da história humana.
Passaram os dias, e foi tudo assim. Eu evitava a todo custo sair da casa dela para ir a piscina, andar de bicicleta. Não me fazia mais diferença se eu perdia toda uma vida lá fora; eu estava no computador.
E então, na volta, minha irmã passou mal, e me proibiu de cantar 21 guns, que estava tocando no radio. Claro que meus pais apoiaram a decisão dela.
Talvez, quando eu crescer, irei perceber que foi uma atitude ridícula. Eu poderia ter aproveitado, quem sabe, um pouco mais. Esquecer o computador e feito algo.

Agora, talvez, vocês me perguntam: E o que eu tenho a ver com isso?
Bem, eu não tinha muito o que escrever. Então resolvi escrever sobre isso.

Por fim, um ótimo aniversário para a Ká, e até mais, wonderlanders.
Agora só tenho de encontrar o dono, hm.

2 comentários:

  1. Me identifiquei eternamente ok. Fui pra uma cidade que se chama Souza carinhosamente chamda por mim como "portal do inferno" lá nem internet 3G pegava, pq tbm não pegava telefone ou televisão , não tinha piscina e muito menos padaria naquele lugar, o "point" da cidade era uma pracinha onde existiam cachorros sarnentos, o tio do sorvete e uns meninos que eu so posso presumir que viviam na lavoura e cortavam cana pra sobreviver . Fiquei 4 dias excluida da sociedade. Então não reclame, se você encontrou as botas eu provavelmente encontrei o dedão do pé (que caiu devido a muito tempo andando descalço ...) . Poderia ter sido pior pra você ein KKKKKKKKKK . Adorei o Blog =)

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  2. kkkkkkkk. Ok, não tenho muito a comentar sobre as férias de vocês.
    Bom, quando viajei pro RJ e fiquei na chatuba, mais especificamente falando, favela, estavam uns 43ºC. Não tinha piscina e eu não podia ficar mechendo no computador por que meu pai já estava fazendo isso (com a internet 3G. Todo mundo tem isso agora?) e o pc da minha tia estava ocupado pela minha priminha de 4 anos jogando barbie e comendo leite em pó ao mesmo tempo. Tive que ir brincar de queimada no morro. Eu era a pior e as crianças, não sei por que, só miravam em mim e me chamavam de "dondoca". Foi aí que começou um tiroteio entre os traficantes e a policia, foi aí que ficou divertido. Eu me escondi, abandonei minha outra prima que tava lá fora procurando o chinelo. Teve o tiroteio. Ninguém morreu. Chato. Eu queria ver sangue ou miolos estourados, mais fazer o que.

    Não sei por que contei essa história. É, a solidão da internet mexe com a cabeça das pessoas.

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